Fonte: Agência Adital
Nesta segunda-feira (1), representantes de organizações sociais e de migrantes se reuniram em frente à embaixada da Itália em Lima, capital do Peru, para protestar contra as violações aos direitos dos migrantes e a falta de solidariedade com aqueles que decidiram morar e trabalhar em outro país. Durante o protesto pacífico, os manifestantes conseguiram ser ouvidos pelo embaixador italiano.
O ato foi convocado pelo Comitê de Peruanos no Exterior e pela Coordenadora Político-Social para reclamar respeito aos direitos fundamentais dos migrantes e denunciar o endurecimento das políticas contrárias à migração. No ano de 2008, o Conselho Europeu aprovou medidas que violam as normas internacionais e estabelecem legislação, tribunais e prisão para os imigrantes irregulares.
Segundo informações do Comunicado firmado pelas organizações participantes da manifestação, a União Europeia tem atualmente 180 prisões para a detenção dos imigrantes irregulares. O tratamento cedido aos cerca de 100.000 apreendidos é desumano, ainda que o único delito seja a irregularidade nos documentos. "Itália, sob o governo de Silvio Berlusconi, e com mais de 130 mil imigrantes peruanos, é um dos piores exemplos deste crime contra a humanidade", denunciam.
Dados do Comunicado informam que atualmente cerca de 2 milhões de migrantes peruanos estão no exterior e que por cada um destes, há pelo menos dois familiares no Peru "diretamente beneficiados e interessados em seu bem-estar".
De acordo com o IX Censo Nacional de 2007 no Peru, 704.746 casas possuem pelo menos um membro da família residindo e trabalhando de forma permanente no exterior. "O dado representa 10,4% do total de lares peruanos".
Economicamente, está população de migrantes contribui com seu país de diversas maneiras. Além dos aportes mensais, que apenas em 2008 somaram 2.437 milhões de dólares, a arrecadação do governo é feita em forma de impostos. Somente o Imposto Geral para as Vendas (IGV) e as taxas de aeroporto, pagas pelos peruanos que sempre vão ao país, recolhem anualmente 500 milhões de dólares.
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