segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Franklin Martins dá apoio à mídia emigrante

Por Rui Martins - de Berna

O ministro Franklin Martins é jornalista
O movimento Estado do Emigrante, www.estadodoemigrante.org , comemora a aceitação pelo ministro Franklin Martins do convite para comparecer na II Conferência Brasileiros no Mundo, a fim de tratar da mídia emigrante e da televisão gratuita para os emigrantes.

A proposta em favor da presença do ministro foi enviada pelo movimento Estado dos Emigrantes ao Conselho de representantes de emigrantes e à Subsecretaria-geral das Comunidades Brasileiras no Exterior, no mês de junho.

No mesmo documento, o movimento Estado do Emigrante enfatiza a importância da mídia emigrante, em termos de informação sobre o Brasil e sobre as comunidades brasileiras do exterior e por permitir um vínculo constante da emigração com o noticiário e o idioma brasileiros.

É esse mesmo documento que propõe uma federalização dessa mídia. e com esse objetivo deverá ser consultada a Fenaj, no sentido de dar um apoio e auxiliar na estruturação de uma Fenaj do Exterior. Outra questão que o ministro Franklin deverá debater com os emigrantes é a gratuidade de recepção das televisões brasileiras no Exterior.Como se sabe, as tevês Record e Globo cobram pedágio e, por isso, foi pedido ao ministro Franklin Martins a gratuidade pelo menos da TV Brasil.

O Estado do Emigrante está convidando editores e proprietários de jornais e revistas, programas de rádio e tevê para emigrantes, que irão ao Rio em outubro, para um encontro extraoficial, à noite, numa sala do Othon Palace Hotel, após os trabalhos no Palácio Itamaraty, na II Conferência sobre emigrantes, dias 15 e 16 de outubro.

O movimento Estado do Emigrante apoia também o projeto da advogada emigrante Vitória Nabas, em Londres, por uma regulamentação das profissões de advogado, de despachante e por tabela de doleiro, que atuam no Exterior junto aos emigrantes brasileiros. Para isso, vai solicitar à Subsecretaria-Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior, órgão do Itamaraty, para que convide um representante da OAB para que se pronuncie sobre esse projeto de OAB no Exterior.

Crise força retorno de 54 mil brasileiros do Japão

da BBC Brasil

A crise econômica e o aumento do desemprego no Japão provocaram uma queda recorde de 17,2% no número de imigrantes brasileiros no país.

Segundo dados do Ministério da Justiça do Japão, desde setembro do ano passado, início da crise financeira internacional, 54.709 brasileiros deixaram o país. No final de 2007, havia 316.967 brasileiros registrados no país.

Somente nos seis primeiros meses de 2009, a comunidade brasileira no país encolheu em 41.887 membros, gerando uma queda de 13,4% em relação ao total de 312.582 brasileiros registrados no país no fim de 2008.

"O desemprego gerado pela crise econômica é a principal causa dessa debandada de trabalhadores", aponta Roberto Maxwell, mestre em Ciências Sociais pela Universidade de Shizuoka e especialista em migrações internacionais.

Em mais de 20 anos, desde o início da chegada dos primeiros imigrantes brasileiros ao país, este foi o segundo registro de queda neste número.

A outra retração aconteceu em 1998, ápice da recessão anterior enfrentada pelo Japão. Na ocasião, cerca de 11 mil brasileiros retornaram ao Brasil, uma queda de quase 5% no número total da população dekassegui.

Índice recorde
O desemprego é justamente o motivo que levou Hélio Kazuaki Ueta, 56, a tomar a decisão de voltar com toda a família para o Brasil.

Ele já começou a fazer as malas e deve embarcar de volta para São Paulo no fim do mês que vem. "Sei que a situação não vai melhorar e, mesmo que isso aconteça, não teria chance de voltar ao mercado de trabalho por causa da idade e do pouco conhecimento do idioma japonês", justifica o brasileiro, que ficou sete anos no país e há quase um ano não consegue emprego fixo.

"Fiz alguns bicos nesse período e também recebi seguro-desemprego", conta.
Ueta diz acreditar que a situação no Brasil também não está tão boa. Sem previsão de conseguir um emprego por lá também, ele pensa em virar fotógrafo e abrir um negócio próprio.

"Acho que a recuperação econômica do Brasil vai ser mais rápida que a do Japão", opina ele.
Segundo dados divulgados pelo governo do Japão nesta sexta-feira, o índice de desemprego no país é o pior desde o fim da Segunda Guerra.

Ele subiu 0,3 pontos percentuais em julho, e chegou a 5,7%. O número bateu o recorde anterior, registrado em abril de 2003, que foi de 5,5%.

Ajuda do governo
Muitos dos que estão voltando agora ao Brasil deram entrada no esquema de ajuda para regresso oferecido desde abril deste ano pelo governo japonês a imigrantes peruanos e brasileiros.

Esse auxílio contempla cada imigrante com um valor de cerca de US$ 3 mil. Seus dependentes ganham mais US$ 2 mil cada.

No entanto, um dos requisitos é que ele não volte ao Japão por um período mínimo de três anos. De 1º de abril até o início de agosto, um total de 9.762 pedidos haviam sido feitos para receber essa ajuda. A grande maioria, segundo o Ministério da Justiça, de brasileiros.

Mas o número de solicitações é bem baixo em relação à quantidade que já deixou o país. Para Maxwell, isso acontece porque os brasileiros ainda acreditam numa melhora da situação econômica, o que possibilitaria uma volta rápida às linhas de montagem das fábricas japonesas.

"Além disso, essa ajuda é muito pouca. Ninguém quer correr o risco de chegar ao Brasil, não conseguir emprego lá também e ainda não ter como voltar ao Japão por causa da condição de ter de esperar três anos para tentar retornar", sugere.

Estabilização
Apesar dos dados negativos, essa redução no número de brasileiros que vive no Japão tende a se estabilizar agora no segundo semestre.

"Acredito que não vai haver outra enxurrada de brasileiros deixando o Japão, mesmo com o fim do período de recebimento do seguro-desemprego", opina Maxwell.

Dados do Ministério da Justiça comprovam essa tendência. No primeiro trimestre deste ano, o saldo da diferença de entradas e saídas do país foi de 27.304 negativos. Já de abril a junho, a diferença negativa foi de 14.583.

"As pessoas que voltaram no início do ano começaram a dar notícias aos que ficaram sobre a situação no Brasil, que também não está nada fácil", justifica Maxwell. "Por isso, muitos vão tentar ficar aqui até quando der, mesmo que passem por dificuldades financeiras", diz.

As agências de viagem também confirmam a tendência de queda no número de saídas. Segundo a Alfainter, empresa especializada em viagens para América do Sul, as reservas de passagens são bem menores neste segundo semestre em relação ao primeiro.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Apesar da crise, retorno de brasileiros se mantém estável

Levantamento mostra que o número de entradas de brasileiros no Japão está menor que a saída, porém indica que o momento é de estabilidade

O Ministério da Justiça do Japão divulgou, recentemente, novos números sobre a população brasileira naquele país. De acordo com o levantamento, feito com base no cruzamento dos dados do Ministério da Justiça japonês, houve uma redução de 1,4% no número de brasileiros residentes no Japão em 2008, se comparado com 2007. Ou seja, o número de brasileiros no Japão em 2008 caiu de 316.967 para 312.582, uma redução de 4.385 pessoas.
A taxa de crescimento negativo, que poderia ser bem maior por conta da crise financeira mundial desencadeada em outubro do ano passado, é inferior à principal retração histórica, ocorrida em 1998, quando o índice alcançou - 4,7%. O estouro da ‘bolha imobiliária’ no mercado interno do Japão na década passada afetou significativamente a saúde das instituições financeiras locais, o que contaminou toda a economia japonesa na época.
O retorno ao Brasil, no acumulado de janeiro a abril deste ano, auge da crise financeira mundial, foi de 33.782 brasileiros, na sua maioria de dekasseguis, nipo-brasileiros que ficam temporariamente no Japão trabalhando para juntar dinheiro. Entretanto, de acordo com o consultor do Sebrae/PR em Maringá, Marcos Aurélio Gonçalves, especialista no tema, é oportuno lembrar que esses números, obtidos junto à Representação da Caixa Econômica no Japão, devem ser analisados e interpretados com muita atenção, tendo em vista que os brasileiros que retornam para o Brasil nem sempre o fazem de forma definitiva.
“O fluxo negativo de pessoas saídas atingiu seu ponto máximo no primeiro trimestre de 2009, com média mensal de 9.101 pessoas saídas acima das entradas no Japão. Contudo, essa média caiu em abril para 6.478, o que pode indicar uma tendência de estabilização do fluxo migratório em patamares ainda indefinidos”, complementa Marcos Gonçalves. Na avaliação do consultor do Sebrae/PR, a crise mundial aumentou significativamente o número de pessoas saídas do Japão, “porém este fluxo de retorno é bem inferior aos números que vinham sendo divulgados pelos meios de comunicação”.
“A média de entradas de janeiro a abril de 2009 no Japão foi de 3.063 pessoas, ou seja, o fluxo migratório Brasil-Japão ainda permanece, apesar do fato de que esta mesma média, em 2008, tenha sido de 5.807 pessoas”. O consultor do Sebrae/PR diz também que os dekasseguis que optam por ficar no Japão são amparados pelo seguro-desemprego até conseguirem encaixe no mercado de trabalho. “Vale ressaltar que a maioria dos brasileiros está empregada e aqueles que optam por retornar ao Brasil perdem o seguro-desemprego; ainda assim, esse retorno não é definitivo”, aponta Marcos Gonçalves. “A sensação que se tem é que os dekasseguis que retornam ao Brasil de maneira provisória é maior do que aqueles que optam por ficar de maneira definitiva”.
O consultor do Sebrae/PR ressalta que a comunidade brasileira no Japão manterá sua importância no que diz respeito à oferta de mão de obra para as indústrias japonesas, haja vista o contingente da população brasileira presente no país atualmente, mesmo com todos os reflexos da crise. “O fluxo migratório do trabalho, que constitui a terceira grande onda de globalização no mundo – a globalização do trabalho – independe do momento atual de crise. Esta população transnacional, que são os nipo-brasileiros que vão para o Japão, em maior ou menor intensidade, demanda serviços públicos e privados para suprir suas necessidades básicas”.
A comunidade brasileira no Japão em 1985 era de 1.955 pessoas e alcançou seu auge no começo da década de 1990, mais precisamente em 1991, quando 62.904 pessoas entraram no país com visto de trabalho. Em 24 anos, a população brasileira no Japão diminuiu apenas uma vez em termos quantitativos. Foi em 1998, quando passou de 233.254 pessoas em 1997 para 222.217 pessoas em 1998 – taxa de crescimento negativo de 4,7%.
Ainda conforme os levantamentos anuais realizados pelo Ministério da Justiça do Japão, 2007 foi o ano em que foi contabilizado o maior número de brasileiros naquele país, alcançando a população de 316.967 descendentes.
Para atender os brasileiros que retornam do Japão, existe o Programa Dekassegui Empreendedor, referência nacional e internacional no atendimento dos dekasseguis, uma iniciativa do Sebrae/PR, Sebrae Nacional, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Associação Brasileira de Dekasseguis (ABD) e Fundo Multilateral de Investimentos (MIF-Fumin).
O programa, explica o coordenador estadual do Programa, consultor do Sebrae/PR André Rossi, visa atender, auxiliar e desenvolver o empreendedorismo dos dekasseguis, sendo uma ferramenta para gerar renda e emprego. “Abrir uma empresa é uma opção para os dekasseguis que retornam ao Brasil. O Sebrae/PR tem objetivo de auxiliar nesta tomada de decisão, mesmo por que o retorno ao Japão não está, na maioria das vezes, descartado, mas até que isso aconteça é preciso trabalhar e gerar emprego”, diz Rossi.
Mais informações sobre o Programa Dekassegui Empreendedor em Maringá podem ser obtidas pelo telefone (44) 3220-3474 ou pela Central de Relacionamento Sebrae, número 0800-570-0800.

Fonte original :
http://www.ipcdigital.com/br/Noticias/Comunidade/Tokyo/Apesar-da-crise-retorno-de-brasileiros-se-mantem-estavel

Brasileiros se mobilizam para participar de censo nos EUA

Oito meses antes do início, em abril, da contagem oficial da população dos EUA pelo censo do próximo ano, rádios e TVs voltadas para imigrantes brasileiros no país fazem campanha para que estes participem do processo e sejam incluídos nos dados oficiais do governo norte-americano.
A intenção é fazer com que os brasileiros sejam contados para que o grupo possa se fortalecer politicamente, passando a ser visto como relevante para a sociedade norte-americana, explicou, em entrevista, o brasileiro Álvaro Lima, diretor de pesquisas e assessor para desenvolvimento econômico da Prefeitura de Boston, cidade que reúne a maior comunidade brasileira nos EUA.
O número de brasileiros vivendo nos Estados Unidos passa de 1 milhão, mas nos dados oficiais do governo daquele país constam apenas aproximadamente um quarto deles, o que fragiliza o grupo politicamente e faz com que as cidades em que vivem não estejam financeiramente estruturadas para oferecer todos os serviços a eles.
O contraste se dá porque as políticas públicas do governo norte-americano são baseadas em dados do censo, e muitos imigrantes brasileiros não responderam à última pesquisa, realizada em 2000.
“O censo sempre subestima as populações de baixa renda e imigrantes, que respondem menos ao questionário. É preciso um esforço muito grande para que as pessoas respondam ao censo”, explicou Lima, que coordena parte do trabalho na região de Boston, no estado de Massachusetts, que mais concentra brasileiros no país, cerca de 330 mil pessoas.
Segundo ele, o censo do próximo ano vai ter a mesma dificuldade de registrar o número total de imigrantes, e por isso a campanha de conscientização começou mais cedo.
“Muitos imigrantes têm medo de responder ao censo, mesmo que seja totalmente anônimo.” O censo não distingue entre brasileiros com documentação ou sem, explicou, não sendo um risco para a população que vive ilegalmente no país. “As pessoas têm medo, mesmo assim, e por isso é importante a mobilização dos brasileiros, para mostrar que não há risco.”
O diretor do Centro do Imigrante Brasileiro é um dos que têm suspeitas, e defende até mesmo um boicote ao censo.
A segurança dos imigrantes, mesmo ilegais, é algo ressaltado também pela diretora regional do Census Bureau em Boston, Kathleen Ludgate. Em entrevista, ela explicou que a confidencialidade é obrigatória e que, por lei, não se pode distribuir as respostas individuais para nenhuma agência governamental. "Nenhuma outra agência do governo tem acesso às informações do censo, que são protegidas por lei, e a Justiça sempre acatou a proteção ao sigilo", disse. Ela é coordenadora do trabalho do censo nos estados de Connecticut, New Hampshire, Vermont, Maine, Rhode Island, parte de Nova York e Porto Rico.
Segundo dados do próprio censo, a lei federal Title 13 proíbe a divulgação de dados pessoais coletados por 72 anos. Nenhuma agência governamental, nem mesmo o presidente dos Estados Unidos tem acesso privilegiado aos dados pessoais coletados pelo censo e a lei Title 13 esá acima de qualquer mandado judicial.
Contagem
A contagem da população norte-americana, que acontece a cada dez anos, é feita de uma forma diferente da brasileira. Enquanto no Brasil os recenseadores fazem toda a contagem visitando a população de casa em casa, lá, uma primeira contagem é feita pelo correio. O censo envia formulários a todos os endereços e aguarda as respostas, que são registradas. Os recenseadores visitam apenas as casas de quem não respondeu ao formulário.
As estatísticas do censo dizem que a população atual dos Estados Unidos deve ser de pouco mais de 307 milhões de pessoas. Segundo o Ministério de Relações Exteriores, os Estados Unidos são o país que atrai mais brasileiros, e o número de imigrantes do Brasil é de 1,24 milhão, segundo levantamento dos postos consulares.
Apesar disso, o censo norte-americano de 2000, o último realizado, apontou que havia apenas 212 mil brasileiros no país, e o levantamento por amostragem realizado em 2007 apontava 342 mil pessoas, o que torna o grupo menos relevante na hora em que são tomadas as decisões de política pública pelos governos nacional e local.
Pelos dados oficiais do censo registrados pelo governo norte-americano, há mais de 30 milhões de imigrantes vivendo no país. De acordo com esses números, a comunidade brasileira é apenas a 24ª na lista de grupos estrangeiros no país, liderada de longe pelos mexicanos, com mais de 11 milhões de imigrantes. Se os Estados Unidos contabilizassem todos os 1,24 milhão de brasileiros, a comunidade do país seria a 5ª maior, perdendo apenas para México, China, Filipinas e Índia.
“O censo impacta a população porque vários recursos do governo federal são distribuídos para os estados e para as cidades com base na população. Então, se alguém não é contado, o recurso recebido é menor de que a população que depende dele”, explicou Lima.
Todas as fórmulas do governo federal que levam em consideração a população, seja saúde, educação e uma série de programas federais, dependem da correção dos dados. “Se os imigrantes não respondem ao censo, o dado do governo fica errado e a distribuição de verba é feita de forma equivocada.”
Segundo a diretora do censo, um outro fator relevante é que várias formas de representação política do país são planejadas com base na população. É importante saber o número real de brasileiros pelo censo para que o grupo esteja representado politicamente de forma correta. Ela explicou, entretanto, que o governo não checa os dados enviados pela população pelo correio, e que o censo se baseia no que for respondido. "Não há resposta errada. O que estiver preenchido é o que vai ser levado em conta", explicou.
Contando brasileiros
Segundo Lima, apesar da grande importância de todos os brasileiros responderem ao censo, a contagem a ser realizada no próximo ano tem problemas.
“Os brasileiros não vão aparecer nos dados da contagem como ‘brasileiros’ [não há essa alternativa], mas como ‘outros’, pois o censo não inclui esta categoria [brasileiros] de imigrante”, explicou. Mas, no formulário, há um campo em branco no qual o imigrante pode escrever ali a nacionalidade. Ludgate alegou ser impossível ter opção de todos os grupos estrangeiros que vivem nos EUA, mas disse que os brasileiros podem preencher por escrito esta origem na parte adequada.
Segundo ele, é importante que o imigrante registre que é brasileiro, para que se possa pedir uma tabulação especial. “Não é garantido, mas pelo menos há o registro. Mas é preciso que todos respondam ao censo.”
“Toda classificação do censo, historicamente, é um processo político. O primeiro censo dos EUA só incluía homens brancos, donos de propriedade. Depois incluíram mulheres, incluíram negros, depois entrou uma categoria de hispânicos. Hoje, como há vários novos grupos, existe um movimento para se aumentar o número de categorias no registro do censo”, explicou.
A diretora do Census Bureau explicou que a participação no censo pode tornar a comunidade brasileira mais forte politicamente. "Os brasileiros podem se fazer mais visíveis para o governo", disse.
Segundo Lima, registrar o número real de brasileiros que vivem no país é mais um passo para que o grupo legitime sua luta por direitos junto ao governo.

Fonte: www.brazilianpress.com

Matrícula consular: a identidade do imigrante brasileiro nos Estados Unidos

Os brasileiros nos Estados Unidos vão ganhar um documento de identificação que facilitará o dia a dia na América. Assim será a Carteira de Matrícula Consular (CMC), que vai permitir, por exemplo, a abertura de contas bancárias, o acesso a serviços públicos e até a fácil localização de seu portador em casos de emergência. A novidade estará disponível a partir do dia 3 de setembro, após uma cerimônia no Consulado-Geral de Chicago, na presença do Embaixador Oto Agripino Maia, subsecretário Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior.

“A Matrícula Consular representa, para o cidadão brasileiro que vive no exterior, especialmente aquele que se encontra ainda indocumentado, a oportunidade de se inserir, ainda que parcialmente, na estrutura econômica e social do país onde se encontra”, acredita o Embaixador João Almino, do Consulado de Chicago, que vai coordenar, de sua repartição, a emissão dos documentos. Ele, aliás, há vários anos é um defensor da iniciativa e comemorou o fato de que a comunidade poderá ter acesso a novos canais, mais seguros e econômicos, para a remessa de recursos aos familiares, matrícula dos filhos em escolas e até financiamentos para a compra de residências ou veículos.

João Almino ressaltou que a CMC será dotada dos mais modernos recursos de segurança e todas as informações fornecidas para a emissão da carteira são sigilosas e nenhum outro órgão terá acesso. O documento abre, também, uma nova perspectiva em relação a quantificar a comunidade brasileira em determinadas cidades ou mesmo no país, já que aproxima o Consulado da população imigrante. Muitos órgãos públicos nos Estados Unidos já aceitam as matrículas consulares emitidas por governos de outros países como documento de identidade, prova de nacionalidade e comprovante de domicílio na jurisdição consular.

Mexicanos

O caso mais conhecido aqui na América é com relação aos mexicanos, cuja identificação consular foi emitida pela primeira vez em 1871. Conhecida como ‘CID Card’, o documento tem ajudado mais de três milhões de mexicanos nos Estados Unidos. Tanto é verdade que, apesar do desejo do Congresso Nacional de votar, em 2004, uma moção limitando os benefícios da identidade consular, em especial nas questões financeiras, a proposta não vingou. Afinal, graças ao CID Card, os mexicanos enviam para seus parentes no país algo em torno de 18 bilhões de dólares através de suas contas bancárias. Outros países também já haviam instituido a matrícula consular nos EUA, entre eles Peru, Argentina, Guatemala e Honduras, entre outros.

Veja como obter a Carteira de Matrícula Consular:

A partir do dia 3 de setembro, os brasileiros devem comparecer ao Consulado-Geral de sua jurisdição, munidos da seguinte documentação: documento brasileiro válido e com foto (carteira de identidade, passaporte ou carteira de motorista, por exemplo) e certidão de nascimento ou casamento (vale também outra forma de identificação simples, como título de eleitor).

Os interessados devem pagar uma taxa consular de apenas cinco dólares (US$ 5.00) e preencher o formulário preenchido. Não há qualquer burocracia e o documento fica pronto em poucos dias. Os brasileiros que vivem em qualquer estado americano receberão a CMC pelo correio, já que a numeração sequencial será controlada por um único banco de dados – justamente o Consulado de Chicago – para aumentar a segurança.

Depois de posse do documento, os brasileiros devem ficar atentos para manter os dados atualizados. E nunca é demais dizer que a CMC não constitui carteira de habilitação, nem é comprovante de situação imigratória regular. Somente comprova que o portador está residindo nos EUA e é registrado em uma das repartições consulares do governo brasileiro.

Fonte: www.acheiusa

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Vaticano diz que socorrer clandestinos no mar é questão humanitária

Reação ao número crescente de migrantes mortos no Mediterrâneo

O presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes (CPPMI), D. Antonio Maria Veglió, reagiu a mais uma tragédia com migrantes no Mediterrâneo, defendendo que socorrer clandestinos no mar é uma “questão humanitária”.

“Todos os migrantes têm direitos fundamentais que devem ser respeitados, em qualquer situação”, disse, após a morte de 73 eritreus que rumavam à Europa, num barco. Depois de passar 23 dias no mar sem combustível, comida, água ou socorro, somente cinco pessoas conseguiram sobreviver e contaram a sua odisseia.

As autoridades italianas e maltesas afirmaram duvidar do relato dos sobreviventes, mas a repercussão do episódio gerou críticas e a condenação unânime da ONU e da Igreja Católica.
Em entrevista à Rádio Vaticano, o presidente do CPPMI disse que o direito humanitário “acentua-se em situações de extrema necessidade, como por exemplo estar à mercê das ondas do mar”.

Para D. Vegliò, “se por um lado é importante vigiar zonas de mar e empreender iniciativas humanitárias, é legítimo o direito dos Estados de administrar e regular as migrações”.

Contudo, observou o arcebispo, deveriam “harmonizar-se as diversas disposições legislativas, na perspectiva de salvaguardar as exigências e os direitos das pessoas e das famílias migrantes e, ao mesmo tempo, os das sociedades de chegada dos próprios migrantes”.

Segundo este responsável, algumas sociedades “desenvolveram sentimentos de rejeição ao estrangeiro, originados não só por uma falta de conhecimento do outro, mas também por um sentido de egoísmo, pelo que não se quer partilhar com o estrangeiro o que se tem”.

Segundo as últimas estatísticas, desde 1988 até hoje, o número de potenciais migrantes naufragados ou vítimas nas fronteiras da Europa supera os 14 500 mortos.

O Conselho Pontifício da Pastoral para os Migrantes e Itinerantes, assegurou D. Vegliò, “sente-se entristecido pelo contínua repetição destas tragédias e reafirma o que foi dito pelo Papa na Caritas in Veritate: «Todo o migrante é uma pessoa humana que, enquanto tal, possui direitos fundamentais inalienáveis que devem ser respeitados por todos e em qualquer situação (142)»”.

O jornal da Conferência Episcopal Italiana, Avvenire, condenava Segunda-feira em editorial estes episódios, lamentando a “indiferença” face ao sofrimento dos migrantes.

“Hoje, quando lemos sobre as deportações de judeus na época do nazismo, perguntamos: Ninguém via nem ouvia os gritos que provinham dos vagões, parados nas estações? Naqueles anos, o totalitarismo e o terror faziam fechar os olhos. Hoje não. A indiferença é tranquila, resignada”, referia o quotidiano.

“Hhá uma lei do mar, bem mais antiga do que a codificada em tratados, que ordena: no mar, socorre-se. Violar essa antiga lei ameaça as nossas raízes fundamentais, a ideia do que é um homem e de como ele é precioso”, acrescentava o texto.

Os cinco imigrantes da Eritreia, resgatados na última Quinta-feira perto da ilha de Lampedusa, no sul da Itália, estão a ser investigados pelo crime de imigração clandestina, sob a Lei de Segurança, em vigor desde o dia 8 de Agosto deste ano.

Fonte: www.agencia.ecllesia.pt

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

ANISTIA 2009 - Orientações e informações

Os estrangeiros que entraram no Brasil até o dia 01 de fevereiro de 2009 e se encontram no País em situação irregular ou indocumentados, podem documentar-se!

Veja informações sobre o tema em
www.migrante.org.br

Ponta Porã debate lei de anistia


Representantes da Polícia Federal brasileira e do Departamento de Migrações do Paraguai estiveram presentes para participar de esclarecimento e debate sobre a Lei de Anistia aos imigrantes residentes no Brasil. O evento foi motivado, organizado e conduzido pela Comissão Católica de Fronteira (organismo de Pastoral Migratória), tendo a sua frente o Pe. Roberto Gasparetto (Scalabriniano). O mesmo aconteceu no auditório da prefeitura municipal, no dia 21 de agosto, e contou também com a presença de vereadores, pastores, padres, secretários municipais e demais pessoas interessadas no assunto.

Na abertura, através de uma canção, se fez menção à situação de ilegalidade e clandestinidade que afeta a muitos imigrantes. Partindo da mesma, o Pe. Roberto expôs, de modo sintético, o que diz a lei de anistia (em vigor de 04 de julho a 30 de dezembro de 2009). Logo a seguir, as pessoas expuseram suas dúvidas e perguntas para esclarecimento. Também o Departamento de Migrações do Paraguai afirmou estar trabalhando no sentido de ajudar com a documentação aos paraguaios no Brasil.

O evento foi de grande importância por suscitar o conhecimento, o esclarecimento e a divulgação aos vários setores da sociedade interessados na regularização dos imigrantes no Brasil. Aqui, nesta linha de fronteira, as forças se unem neste intento.


Pe. Evandro Cavalli

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Mensagem pastoral por ocasião da Jornada Mundial do Turismo, 2009

PONTIFÍCIO CONSELHO PARA A PASTORAL DOS MIGRANTES E ITINERANTES
Mensagem pastoral por ocasião da
Jornada Mundial do Turismo, 2009
(27 de setembro)
Tema: O turismo, consagração da diversidade


O tema da Jornada Mundial do Turismo, proposto pela competente Organização Mundial – O turismo, consagração da diversidade –, nos abre caminhos para o encontro com o ser humano em sua diversidade, em sua riqueza antropológica.

A diversidade é um fato, uma realidade e, como nos lembra o Papa Bento XVI, é também um fato positivo, um bem e não uma ameaça ou um perigo, a ponto de ele desejar que “as pessoas não só aceitem a existência da cultura do outro, mas que também desejem enriquecer graças a ela”.

A experiência da diversidade cultural é própria da existência humana, também porque o desenvolvimento pessoal avança em etapas que favorecem o crescimento e o amadurecimento das pessoas. O descobrimento da diversidade cultural ocorre progressivamente, na medida em que nos confrontamos com quem e com quantos nos circundam, o que nos permite descobrir o que nos distingue dos que são diferentes de nós.

Pela avaliação positiva do diferente, constatamos a existência de um paradoxo: se por um lado se constata, neste tempo de globalização, que as culturas e as religiões se aproximam cada vez mais, e que no coração de todas as culturas brota um autêntico desejo de paz, por outro lado se observa a existência de incompreensões, prejulgamentos e mal entendidos profundamente enraizados, que levantam barreiras e alimentam divisões. É o medo do diferente, do desconhecido.

Devemos trabalhar para substituir a discriminação, a xenofobia e a intolerância pela compreensão e aceitação recíproca, percorrendo os caminhos do respeito, da educação e do diálogo aberto, construtivo e comprometido.

Nesse esforço a Igreja tem uma função importante, partindo da profunda convicção manifestada por Paulo VI, na encíclica Ecclesiam suam, de que “A Igreja deve entrar em diálogo com o mundo em que lhe toca viver. A Igreja se faz palavra, a Igreja se faz mensagem, a Igreja se faz colóquio”. É um diálogo construtivo e sincero que, para ser autêntico, “não deve ceder ao relativismo e ao sincretismo, e deve ser animado pelo respeito sincero aos demais e por um generoso espírito de reconciliação e fraternidade”.

Dessa perspectiva, o turismo, ao pôr em contato pessoas com diferentes modos de viver, que praticam distintas religiões, com outras formas de ver o mundo e sua história , é também uma ocasião para o diálogo e a escuta e se constitui em um convite para que as pessoas não se fechem em torno de sua própria cultura, sem abrir-se e pôr-se em contato com modos de pensar e de viver diferentes. Não deve surpreender, portanto, que setores extremistas e grupos terroristas de índole fundamentalista sinalizem o turismo como um perigo e um objetivo a destruir. O conhecimento mútuo ajudará – esperamos ardentemente – a construir uma sociedade mais justa, solidária e fraterna.

A experiência inicial do homem a respeito da diversidade é, hoje, também vivida no mundo virtual, megalópole cósmica oferecida permanentemente a cada um de nós. Graças a essa forma de “turismo” virtual, a diversidade é observada de perto, facilitando a aproximação com o diferente longínquo. Esse turismo é o primeiro passo para consagrar a diversidade.

O turismo é, sobretudo, entendido como deslocamento físico, que evidencia a diversidade natural, ecológica, social, cultural, patrimonial e religiosa e que também nos faz descobrir o trabalho partilhado, a cooperação entre os povos e a unidade dos seres humanos, na magnífica e desconcertante diversidade de suas realizações.

No descobrimento da diversidade aparecem também paradoxos e limites: se o turismo se desenvolve com ausência de uma ética de responsabilidade, paralelamente toma corpo o perigo da uniformidade e da beleza como “fascinatio nugacitatis” (cfr. Sb 4,12). Assim sucede, por exemplo, quando os nativos exibem para os turistas espetáculos de suas tradições, oferecendo a diversidade como um produto comercial, com o único objetivo de lucro.

Tudo isso exige um esforço, tanto por parte do visitante como do nativo que o acolhe, de assumir um comportamento de abertura, respeito, proximidade e confiança de que, o desejo do turista de encontrar-se com outros, respeitando-os em sua diversidade pessoal, cultural e religiosa, leve ambos a se abrirem ao diálogo e à compreensão.

A diversidade se fundamenta no mistério de Deus. A Palavra criadora está na origem da riqueza das espécies, especialmente de quem é “imagem e semelhança” de Deus. Essa Palavra bíblica, poética, é a da diversidade, fundadora da identidade de cada criatura, sendo o Criador o primeiro a contemplar a beleza-bondade de tudo aquilo que Ele fez (cfr. Gen 1). Deus é também essa força maravilhosa, princípio da unidade de todas as diversidades que aparecem como “uma manifestação particular do Espírito para o bem comum”(l Cor 12,7). Contemplando a diversidade, o homem descobre as pegadas divinas e humanas. Para aquele que crê, o conjunto das diversidades abre caminhos para ele aproximar-se da infinita grandeza de Deus. Para nós o turismo, como fenômeno possível de consagração da diversidade, pode ser cristão, caminho aberto para a profissão contemplativa da fé.

Deus confia à Igreja a tarefa de forjar por meio de Cristo Jesus, graças ao Espírito, uma nova criação, recapitulando n’Ele (cfr. Ef 1,9-10) todo o tesouro da diversidade humana que o pecado tem transformado em divisão e conflitos , de modo que contribua “para a criação, sob o Espírito de Pentecostes, de uma nova sociedade em que as diferentes línguas e culturas já não constituirão limites insuperáveis, como aconteceu depois de Babel, na qual, precisamente por causa dessa diversidade, seja possível concretizar-se uma nova maneira de comunicação e de comunhão”.

Esses são pensamentos que podem incentivar no compromisso daqueles que se ocupam da pastoral específica do turismo, especialmente na sua atenção àquele que sofre de alguma maneira em decorrência do fenômeno do turismo, que também é um sinal do nosso tempo e traz consigo aspectos positivos que destacamos por ocasião do 40° aniversário de publicação de Peregrinans in terra.

Que o sopro divino vença toda espécie de xenofobia, discriminação e racismo, torne próximos os que estão distantes, na visão da unidade/diversidade de uma família humana abençoada por Deus. O Espírito é que reúne, na unidade e na paz, na harmonia e na admiração recíproca. N’Ele há ordem e bondade ao longo dos sete dias da criação. Que Ele entre, igualmente, na difícil história humana, graças também ao turismo.

Cidade do Vaticano, 24 de junho de 2009.
Antonio Maria Vegliò - Presidente
Agostino Marchetto - Arcebispo Secretário

III Encontro Nacional das Pastorais da Mobilidade Humana

O III Encontro Nacional da Mobilidade Humana vai acontecer entre os dias 16 e 18 de setembro de 2009 em Brasília.
Abaixo segue programação:

16/09/09 - quarta-feira

19:30: Conferência de Abertura do Encontro e Lançamento do Guia Pastoral Mobilidade Humana
Conferência: IGREJA CONCILIAR E PASTORAL DE ACOLHIDA - Arcebispo Dom
AGOSTINO MARCHETTO - Secretário do Conselho Pontifício da Pastoral para
os Migrantes e Itinerantes
LOCAL: Auditório Dom Helder Câmara - Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil – CNBB

17/09/09 - quinta-feira

LOCAL: Centro Cultural Missionário - CCM
08:00 - Celebração Eucarística
09:15 - Partilha das Pastorais tendo como ponto de partida sua prática de
acolhida.
10:30 – Intervalo
10:50 – Continuidade da Partilha das Pastorais
13:00 – Almoço
14:30 – Continuidade da partilha das Pastorais
16:00 – Intervalo
16:30 – Subsídio Acolhida e Mobilidade Humana
19:00 – Intervalo
20:00 – Confraternização LOCAL: Quiósque do CCM - Noite Cultural

18/09/09 - sexta-feira

08:00 – Continuidade do Estudo do Subsídio (trabalhos de grupo?)
Encaminhamentos do III Encontro Nacional das Pastorais da Mobilidade
Humana
10:30 – Intervalo
11:00 – Comunicações do Setor e das Pastorais e Avaliação
12:00 - Celebração Eucarística
13:00 - Almoço - Encerramento

Maiores informações pelo mail: mobilidadehumana@ccm.org.br

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Rondas voluntárias já circulam por ruas de cidades italianas: em vigor a nova lei de segurança‏


Fonte: Oriundi
Denúncias contra a presença de imigrantes ilegais em várias cidades do país, além da prisão de dois marroquinos em Pescara, marcaram o primeiro dia da nova lei de segurança da Itália. O final de semana, além de declarações do presidente Giorgio Napolitano, destacando que a integração dos imigrantes é um direito fundamental, registrou também as primeiras movimentações das rondas voluntárias, que provocaram mais reações negativas entre a população italiana do que aprovação.

Mesmo em cidades do Norte do país, onde é forte a presença da Lega Nord, de viés conservador, muitos prefeitos já anunciaram que não incentivarão a constituição das rondas.

Autorizadas no contexto da nova lei de segurança, em vigor desde o último sábado (08), que prevê multas pesadas e até prisão para quem acobertar ilegais, as rondas foram regulamentadas no sábado, por meio de um decreto do ministro do Interior. Chamadas de “observadores voluntários, as associações que poderão prestar esse serviço, de forma gratuita, devem ter, conforme o decreto, a finalidade de solidariedade social no âmbito da segurança pública.

Entre os requisitos exigidos, ainda segundo o decreto, para os voluntários estão idade não inferior a 18 anos, não estar denunciado ou condenado pela justiça, e a adesão sem o propósito de incitamento à discriminação ou à violência por motivações raciais, étnicas, nacionais ou religiosas. Para prestar o seguro, os observadores deverão fazer um curso de formação organizado pela região ou pelas autoridades locais.

A presença dos voluntários nas ruas, na maioria dos casos, provocou reações de censura por parte da população. Mesmo assim, houve quem apoiasse o movimento considerando que ele pode contribuir para melhorar a segurança.

Matéria recebida por mail de: pbe.cnbb@ccm.org.br

Italianos já não vivem sem domésticos e cuidadores estrangeiros‏

Fonte: Oriundi

Para uma entre 10 famílias italianas, os domésticos e cuidadores se tornaram indispensáveis, conforme revela pesquisa do Censis -Centro Studi Investimenti Sociali. Atualmente, segundo os dados levantados, a Itália tem 1,5 milhão de domésticos e prestadores de cuidados, 37% a mais do que em 2001. Desse total, 71,6% são imigrantes. O Censis revela ainda que 10% das famílias italianas empregam um cuidador.

Os estrangeiros, em média, já estão a sete anos e meio no país, trabalham em média 35 horas por semana, e ganham cerca de 930 euros mensais. A maioria, 58,1%, trabalha apenas para uma família, e 41,9% têm mais de um emprego.

A pesquisa revela o perfil dos colaboradores domésticos, que se constituem em um elemento fundamental no sistema de bem-estar e uma parte insubstituível da família. Por isso, não surpreende que 35,6% dos cuidadores estrangeiros vivam com as famílias para as quais trabalho, onde se ocupam da organização da vida cotidiana em todos os aspectos. A maioria, 82,9%, cuida da limpeza da casa, enquanto 54,3% preparam as refeições, e 42,7% se ocupa também da própria despesa da família com alimentação.

Os dados do Censis demonstram igualmente que 49.5% dos cuidadores dão assistência a idosos, enquanto 32,4% assiste a uma pessoa não auto-suficiente, e 28,8% fornece assistência médica específica para um ou mais membros da família. Mais de 36,6% declara que o trabalho consiste ainda em fazer companhia a um integrante da família.

Mais de um terço dos cuidadores estrangeiros tem condições de pensar em um projeto de vida na Itália, já que são cidadãos de um países da União Europeia, que obtiveram cidadania italiana ou conseguiram a carta de soggiorno. O restante precisa enfrentar periodicamente a renovação do permesso di soggiorno ou se encontra em situação irregular.

Um total de 13,6% tem mais de 50 anos, 29,1% está na faixa entre 41 e 50 anos, 39,9% entre 30 e 40 anos e 18% tem menos de 30 anos.

Matéria recebida por mail de: pbe.cnbb@ccm.org.br

Festa dos Povos congregou imigrantes na Amora

Eclesia -

Desde há sete anos que a Festa dos Povos congrega os imigrantes residentes no Bairro da Quinta da Princesa, na cidade de Amora, Seixal. Além do convívio que proporciona, o encontro é uma oportunidade para expressar a identidade e cultura das comunidades.

“Com esta festa, mostramos que o bairro não tem só problemas – também tem coisas boas”, afirma Tomás Vaz, da Associação de Solidariedade Social.

Durante as últimas quatro décadas, a paróquia da diocese de Setúbal foi marcada pelo grande crescimento demográfico. A maior parte dos seus 60 mil habitantes é portuguesa. Muitos, à semelhança dos imigrantes, também saíram das suas terras de origem, em busca de uma vida melhor.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Migrantes não são um problema, diz Bispo brasileiro

Agência Eclesia -
Milhares de peregrinos reuniram-se esta Quinta-feira em Fátima para a Peregrinação Internacional do Migrante, presidida por D. Alessandro Ruffinoni , responsável pela pastoral dos brasileiros no estrangeiro, que por várias vezes criticou as “patrulhas” e leis que procuram limitar os direitos dos migrantes.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009


No ar 24 horas por dia, o site é bastante interativo e convida os ouvintes-internautas a participarem, mandarem seus recados e opinarem sobre a programação. Padre Gheller lembra que não só os migrantes, mas também aqueles que ficaram no Brasil, podem participar. "As mensagens podem ser enviadas por escrito (via mensagem) ou gravadas em áudio. Tudo é publicado. O que for enviado por escrito, vira programa", explica ele. Também é possível enviar e receber fotos e divulgar eventos das comunidades brasileiras...
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Rádio Migrantes: um elo entre o migrante e seu país

Abandonar sua origem e sua história para tentar vida nova, num país diferente. Os migrantes que largam tudo em busca de novas oportunidades deixam para trás não só sua terra natal, mas também família, amigos e cultura.

No último dia 3, entrou no ar a "Rádio Migrantes", uma iniciativa da Congregação Católica Missionários de São Carlos Borromeo Scalabrinianos, localizada em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, na região sul do Brasil. Podendo ser acessada pela internet no endereço www.radiomigrantes.net, o objetivo da rádio é ser um espaço de troca de mensagens entre amigos e familiares, além de divulgação de notícias, eventos, informações culturais, orientações e, claro, música brasileira e entretenimento. O projeto é coordenado pelo Padre Sérgio Gheller .

Rádio Migrantes divulga notícia das comunidades brasileiras no exterior

Abandonar sua origem e sua história para tentar vida nova, num país diferente. Os migrantes que largam tudo em busca de novas oportunidades deixam para trás não só sua terra natal, mas também família, amigos e cultura.

No último dia 3, entrou no ar a "Rádio Migrantes", uma iniciativa da Congregação Católica Missionários de São Carlos Borromeo Scalabrinianos, localizada em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, na região sul do Brasil. Podendo ser acessada pela internet no endereço www.radiomigrantes.net, o objetivo da rádio é ser um espaço de troca de mensagens entre amigos e familiares, além de divulgação de notícias, eventos, informações culturais, orientações e, claro, música brasileira e entretenimento. O projeto é coordenado pelo Padre Sérgio Gheller .

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http://www.ipcdigital.com/br/Noticias/Comunidade/Tokyo/Radio-Migrantes-tera-boletins-do-Japao

Rádio Migrantes na Agência Boa Notícia

Sentir-se acolhido em terra estrangeira é uma conquista para o migrante. Pensando nos brasileiros que deixaram sua pátria por algum motivo, foi inaugurada a Rádio Migrantes, da congregação católica Missionários de São Carlos Borromeo Scalabrinianos. A emissora veio para reaproximar o migrante de seus amigos e conhecidos do local de origem e manter um elo por meio da informação e entretenimento, disponível na web. A Rádio pode ser acessada no endereço: www.radiomigrantes.net. Criada pela Rede Scalabriniana de Rádios, a Rádio Migrantes tem sua central em Passo Fundo (RS), no Centro Scalabriniano de Comunicação e é coordenada pelo Padre Sérgio Gheller . A idéia de criar a Rádio nasceu há dois anos. “Fizemos então um projeto e foi aprovado pela congregação”, afirmou...
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Rádio Migrantes é notícia na Agência Eclesia


A Rádio Migrantes, dedicada aos brasileiros que vivem fora do seu país, iniciará as suas transmissões pela Internet a partir do próximo dia 3 de Agosto.