
Fonte: www.muticom.org - Assessoria de Comunicação - Jornalista Nara Roxo
Um solo de gaita, apresentado por Luiz Carlos Borges, iniciou a noite cultural do Mutirão de Comunicação no dia 6 de fevereiro. Brincando com os teclados, o compositor brasileiro encantou a platéia que em pouco tempo se rendeu ao humor e ao balanço de uma mistura de estilos propostas pelo artista, que apresentou chamame, baião e vanerão.
O segundo a se apresentar, Dante Ramon Ledesma, argentino radicado no Brasil, mostrou, que pela música também se faz se constróis a luta e a solidariedade. Interpretando “El Condor Pasa”, uma espécie de hino à liberdade conhecida em todo o continente, chamou a platéia a refletir sobre as lutas que ainda precisam ser feitas para que a liberdade seja uma realidade completa para todos os povos da América Latina. “Um dia seremos todos livres como o Condor nos Andes. Podemos, numa oração, fraternizar os propósitos e a intenção de um dia viver em paz, não apenas a paz que se escreve nos muros, mas a paz interna que sonhamos”, acrescentou repetindo o refrão de outra música, cuja letra ensinava que “enquanto a fome faz guerra, a paz espera no chão”.
Raulito Barbosa chegou ao palco mostrando para a platéia o que se pode fazer com uma gaita. Num ritmo que lembrava o tango, apresentou o talento da cultura e da música argentina.
Último a se apresentar, Pedro Orçata, genuíno representante da música nativista do Rio Grande do Sul, mostrou bom humor nas letras e na fala. “Me chamo Pedro Ortaça, nascido lá nas Missões, sempre cantei minha terra com raça, fibra e garrão, queira Deus que eu cruze o mundo sem nunca negar meu chão”, disse anunciando as músicas que mostraram o canto das raízes e a cultura do estado do sul do Brasil.
No final, os participantes foram brindados com uma apresentação conjunta de todos os músicos da noite. A platéia levantou para cantar junto, em coro, mostrando a integração de todos os países presentes ao Mutirão.
As apresentações, gratuitas, foram parte integrante da programação cultural do evento. Mas a organização estava pedindo a contribuição simbólica para ingresso, cuja arrecadação será revertida para ajuda humanitária ao povo do Haiti.
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