segunda-feira, 8 de março de 2010

Bispo do Marajó pede combate ao tráfico na fronteira

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Fonte: Adital
Após denunciar máfias do tráfico de seres humanos e as redes de abuso sexual de menores em municípios próximos à região de fronteira do estado do Pará, na região Norte brasileira, o bispo da Ilha do Marajó, Dom José Luis Azcona, foi o responsável pela abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia em 2008, que investigou as rotas do tráfico e as redes de exploração sexual na região.

Por causa das denúncias, ele e outros dois bispos, dom Flávio Giovenale, da Diocese de Abaetetuba, e dom Erwin Krautler, da Prelazia do Xingu, foram ameaçados de morte. "Somos três bispos ameaçados de morte por termos denunciado. Pelo que se consta, há por detrás um grupo forte e influente e, por isso, as autoridades não fazem investigação", desabafou Azcona.
Para ele a ausência de embarcações da Marinha na costa brasileira deixa o Brasil desprotegido e vulnerável às atividades das redes internacionais do crime organizado. "É uma problema de segurança nacional. Desde o Amapá até o Pará não se vê nenhum barco da Marinha fazendo fiscalização e apreensão. É uma área aberta para o mundo e de fácil presença de traficantes", criticou. "Do Amapá para a Guiana Francesa a Marinha não se faz presente nunca", reforçou.

A ilha do Marajó, por estar em região fronteiriça e próxima da Guiana Francesa, apresenta uma situação de fragilização social. "Marajó está se convertendo num lugar de perversão, de criminalidade precisamente pela ausência do Estado. O Brasil tem que olhar para toda essa Região da desembocadura do Amazonas".

Rotas do tráfico humano saem de Marajó em direção à Guiana Francesa e ao Suriname. Ele enfatizou que o arquipélago está abandonado pelas autoridades e a impunidade impera no local.O bispo Azcona atua no enfrentamento ao tráfico de seres humanos e combate à exploração sexual com ações, principalmente, no município de Breves.

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