Fonte: www.muticom.org
A noite de entrega de prêmios começa com uma apresentação do grupo folclórico Os Gaúchos, mostrando a dança forte e vistosa típica do sul e do Caribe, junto aos vestidos coloridos, sapateado marcante e a uma banda afinadíssima cantando em português e espanhol. Logo após a apresentação musical, iniciasse a cerimônia de entrega de prêmios. Muito forte e tocante a premiação ganhou destaque pelo depoimento de alguns dos premiados e por algumas homenagens.
Dentre os depoimentos marcantes destacamos o do vencedor do prêmio Dom Helder Câmara de Imprensa, o jornalista Mário Magalhães, com a reportagem Os anti-heróis, falando do trabalho escravo que os cortadores de cana têm vivido, sendo 135 mil em São Paulo, e por volta de 450 mil no resto do país. “.. Eles chamam o local de trabalho de ‘eito’ e do chefe de ‘feitor’, termos usados pelos escravos, e se devemos aproveitar os benefícios do etanol, não devemos fazer a custa da escravidão de ninguém ..”. Seguido pelo segundo ganhador do prêmio Dom Helder, o jornalista Cristiano Navarro do Jornal Porantin, pela reportagem A roda vida da cana, mostrando o aliciamento do trabalho infantil indígena em Mato Grosso do Sul. “ .. Durante minha estadia no MS descobri uma expressão que é usada pelos culpados dessa tragédia que é ‘limpar a área’, que significa literalmente ir numa aldeia e matar seus líderes e queimar suas casas ..” .
Para receber o prêmio de Comunicador de La paz, a índia equatoriana Emperatriz Montalvo recebeu em memória do chamado Bispo dos índios no Equador, Dom Leonidas Proaño, que a pouco completaria centenário de vida.
Dentre os premiados do Margarida de Prata na categoria de cinema, tivemos o depoimento emocionante do Rodolfo Nanni, por seu documentário O Retorno, o qual contava a historia do sofrimento nordestino cinqüenta anos após o seu primeiro filme, retorna pelo mesmo percurso e atentando os mesmo assuntos. E por fim tivemos a menção honrosa para o filme Mataram Ir. Dorothy, Dom Plínio José expressou ainda sede de justiça mostrando que culpados foram libertados e continuam o desmatamento na Amazônia.
Prêmios
CNBB , Microfone de Prata
Categoria Religioso: Hora da Misericórdia – Radio Evangelizar – Curitiba-PR
Categoria Entretenimento: Clube da Amizade – Rádio Fátima – Vacaria-RS
Prêmio Clara de Assis de Televisão: Programa Chão e Paz
Prêmio Clara de Assis Documentário: Chave para a Liberdade
Prêmio Dom Helder Câmara de imprensa:
Reportagem Os Anti-heróis, de Mário Magalhães do Jornal Folha de São Paulo
Reportagem A Roda Viva da Cana, de Cristiano Navarro do Jornal Porantin
OCLACC
Comunicador de La Paz:
Emperatriz Montalvo, india equatoriana para receber em nome do Dom Leonidas Proaño, Bispo dos índios no Equador
Juan Pablo Juc , Federacion Guatemalteca de Educación Radiofónica, para receber em no me do Monsenhor Oscar Arnulfo Romero, arzobispo de San Salvador
Trajetória de vida:
Luz Marina, Directora de Oficina de Prensa de La Conferência Episcopal de Colombia de La Paz para Javier Dario jornalista e acadêmico
Senhor Attílio Harmann, Vice-Presidente de OCLACC para receber em nome de José Marques de Mello, brasileiro, periodista, acadêmico e investigador de comunicação
Prêmio Margarida de Prata, Cinema
Média metragem: Nos Caminhos do Lixo
Longa metragem documentário: O Retorno
Longa metragem ficção: O Sal da Terra
Menção Honrosa ao Filme: Mataram Ir. Dorothy
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