sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Nova realidade econômica latino-americana e suas conseqüências na comunicação

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Fonte: Davi Nilo de Jesus, da redação do Muticom.org

Comunicação solidária, realidade abraçada pelo mutirão e levada em frente como opção pelos veículos de comunicação. Essa está sendo o grande olhar e a grande proposta destes dias, nos quais nos dedicamos em debruçar sobre nós “comunicação e comunicadores” e pensar ardorosa e amorosamente sobre como melhor gerar e gerir comunicação no Brasil.

Nesta tarde, Pedrinho Guareschi, painelista deste mutirão e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), explorou a comunicação com vários títulos ‘tendências da mídia: globalização, concentração, diversificação e desregulamentação’, ressaltando o cuidado para não caminharmos como as grandes mídias que existem no Brasil hoje; ‘impasses e alternativas na mídia: limites da mídia numa formação social capitalista (não trabalhar pelo dinheiro), o círculo de ferro (ex. o mutirão de comunicação não teve divulgação nem cobertura dos avantajados veículos de comunicação), necessidade de uma complementaridade dos meios, necessidade de monitoramento para garantir uma ética.

Disse ele: “ A comunicação é sempre serviço público. É concessão pública. Devemos seguir os pensamentos de Paulo Freire ‘não dar respostas, mas fazer perguntas’, não devemos impor ao nosso público, mas sugerir, fazê-los pensar; senão seguiremos os caminhos sufocantes da grande mídia com notícias humilhantes e respostas prontas. Ressaltou, também, sobre rádios de cunho católico ou comunitários que “antes da comunicação ser católica ela é comunicação”. Sobre as rádios comunitárias segundo, o palestrante, 90% delas não funcionam, porque não se organizam com todos os meios sociais, eclesiais mesmos e comunitários, também percebemos que uma rádio que é competente tem audiência, precisa ser uma rádio que agüente e deixe o povo falar e não fique organizando e pensando em seu lugar.

Nos meios públicos ‘privados’ hoje na verdade não se combate pessoas, movimentos ou ideologias, mas algo que fira o cifrão.

Fechando ressaltou que: “Aqui quis dar-lhes um susto sobre como está a comunicação, o que está acontecendo na América Latina sobre a mesma.”

Perguntado se as idéias da Conferência Nacional de Comunicação e o Mutirão de Comunicação fariam sair do papel a comunicação solidária no Brasil, respondeu-nos que são luzes e são os primeiros passos para isso.


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